sábado, 24 de outubro de 2009

[2] Infinito

O infinito. Uma das palavras mais fáceis de usar e, para mim, das mais difíceis de definir. Posso recorrer a um dicionário e ler qualquer coisa como “algo sem fim”. Porém, para mim, tudo tem um início e um fim. E será que alguém me convence do contrário?

Tão fascinados ficam os alunos na escola quando usam aquele “oito deitado” (∞) e representam o infinito. E então? Só porque o número não cabe no caderno diário passa a significar que é “infinito”? Pode ter 890 dígitos, pode ser um valor monstruoso, mas existe e tem um início e um fim. Tão inóspita é a situação da matemática como é a das físicas e o consequente estudo do Universo. Até onde vai o Universo, neste complexo e cósmico conjunto de galáxias e planetas? Para o infinito. Que maneira tão simples de resolver um belo problema de cálculos. Se nos perguntarem quão grande é o Universo, dizemos que este se está a expandir para a infinidade. E esta é inquestionável, porque não encaixa na mente das pessoas e estas estão descansadas com esse facto.

As coisas foram feitas para ter um início e um fim. A vida conjuga-se com a morte. O casamento, se não terminar com um divórcio, termina oficialmente com nova morte. Um contrato já é assinado sabendo quais as indemnizações inerentes associadas à sua cessação. Um carro já é comprado de acordo com o possível retorno do mesmo alguns anos depois. Um apito define o intervalo de um jogo.

Este texto vai ter um fim daqui a umas linhas. Por muito que escrevesse e escrevesse durante toda a minha vida, haveria um momento em que, após ter chegado o meu fim, poderiam aceder a este ficheiro e ver os seus limites.

O infinito é um fenómeno criado há muitos séculos por cientistas e intelectuais, que viram nesta palavra a saída para muitos problemas encontrados na resolução de problemas matemáticos e astronómicos. A sua utilização perante a sociedade não passa de um puro acontecimento metafórico e quem declare que este existe, deve iniciar uma viagem espacial à sua procura para me trazer provas. Pena que a viagem para o infinito tenha uma duração e distância infinitas, pelo que já cá não estarei para me convencer disso.

3 comentários:

Pedro Pontes disse...

Eu acredito mais que tudo na vida é reciclado e que não tem propriamente um fim...tudo o que acaba se recicla...espero um texto sobre isto xD

JPGarcia disse...

O texto sobre o que inícios e fins nos proporcionam acabou de o ler. Sobre reciclagens, pode ir esperando um texto sobre ecopontos.
Atenciosamente,
Deambulista

SurFeliX disse...

AHAHHAH ri me tanto com esta conversa!ahahah o senhor deambulista esconde mensagens por detrás dos textos senhor pontes. ele tem la palavras ecriptadas...=P repare bem senhor pontes...verá que ha muito mais que umas meras palabras aki do senhorio deambulo..