Se eu lhe pedisse, neste momento, para me definir a palavra felicidade, você iria provavelmente falar em realização profissional, em amor, em amizade, em carinho, em família. Um “n” número de coisas que nos preenchem no nosso interior e que nos tornam “felizes”. Abordarei a questão segundo três tópicos: equilíbrio social, amoroso e profissional, sem uma ordem preferencial. Porque nunca nos poderemos considerar totalmente felizes se não nos sentirmos definidos na integridade dos parâmetros.
In”feliz”mente, passando a redundância metafórica, conheço muita gente que se denomina como alguém feliz quando não o é. Quando a expressão exterior de auto-confiança nada mais é que uma máscara para a verdadeira face de sofrimento e incongruência. Quando o egoísmo se torna uma arma para evoluir, é porque não sabemos viver com os outros. Quando o desprezo é prova de determinação, não é necessária muita reflexão para nos apercebermos que não sabemos amar.
Felicidade ultrapassa muitas barreiras, mas também muitos clichets, preconceitos e estereótipos encomendados a um mau conselheiro. Para mim, felicidade significa ter, ao meu alcance, várias mãos: as dos meus amigos, as da minha família e a do meu patrão. Como sempre foi e sempre será, dando e recebendo. A comunhão de valores humanos e não de interesses, de prestígio e não de emproamento, de compreensão e não de cinismo, só nos trará vantagens a longo prazo. A curto prazo tudo pode ser bonito, mas tal como o azeite, os valores e a justiça também vêm ao de cima.
Como não tenho um ideal definido de felicidade e por pensar nunca ter tido uma perfeita junção entre os três equilíbrios acima referenciados, prefiro imaginá-la do que forçá-la. Dormirei muito mais descansado com a imagem idealista no meu cérebro, do que com a imagem arrogante que empurrou alguém para baixo enquanto eu era puxado para cima.